A internação do paciente na unidade de tratamento intensivo (UTI) exige atenção especial dos profissionais da saúde. O ambiente costuma reunir casos graves, em que o paciente costuma ficar entubado. Com isso, os riscos de possíveis complicações aumentam, e uma delas é a pneumonia associada à ventilação mecânica.
A ventilação mecânica também pode desencadear outras condições, como a síndrome do desconforto respiratório agudo, sobrecarga de líquidos, pneumotórax e embolia pulmonar, por exemplo.
Entre os fatores de risco para a pneumonia associada à ventilação mecânica está a diminuição de defesa do paciente, vias aéreas inoculadas com grande quantidade de material contaminado e presença de microrganismos mais agressivos e resistentes.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ainda não há dados da incidência de casos e mortalidade causados pela pneumonia associada à ventilação mecânica, mas a entidade afirma que a mortalidade global varia entre 20 e 60%.
Prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica
Em maio de 2022, foram publicadas novas diretrizes na Cambridge University Press, que auxiliam os profissionais da saúde para a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica, entre elas:
- Uso de oxigênio nasal de alto fluxo ou ventilação não invasiva, com pressão positiva como opção para evitar e reduzir o tempo de intubação;
- Utilização de despertar espontâneo ou de protocolos de sedação como estratégia para minimizar a sedação em pacientes adultos;
- Higiene oral mecânica diária;
- Recomendação para consideração de traqueostomia precoce;
- Tubos endotraqueais com drenagem de secreção subglótica são considerados uma abordagem adicional para adultos e crianças mais velhas.
A implantação dessas práticas nos hospitais e UTIs ajuda a diminuir os riscos das complicações causadas pela ventilação mecânica. O paciente precisa receber o oxigênio, mas por ser um procedimento invasivo, é preciso também ter atenção e cuidado para prevenir possíveis complicações e infecções.
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